Da experiência do Holocausto nasceu o escritor. O italiano Primo Levi dá aqui o seu testemunho de quase um ano como prisioneiro no campo de concentração de Auschwitz.
A obra não se enquadra no estilo de outras sobre o tema. Com uma linguagem bastante sóbria e objectiva, o autor distancia-se o possível das práticas perversas levadas a cabo por soldados alemães, e relata a luta desigual de um homem a quem foram retiradas todas as condições que lhe faziam sentir como tal. O que é um homem? Quando deixa de o ser? Levi tem aqui a base para as suas divagações, e em última instância é, entre outras razões, a busca e perseverança para manter-se “à tona” que o diferencia dos demais e que lhe dá a capacidade necessária para sobreviver. Considerado unanimemente um clássico da literatura italiana.
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