Jóhann Jóhannsson

Ontem ia eu para o trabalho quando ouvi na rádio a promoverem o concerto de Jóhann Jóhannsson no Maria Matos precisamente para o dia que corria. Na minha pressa de atrasado só aí reparei que a rádio era a Radar. Bem hajam! Não me lembro de alguma vez ter sintonizado o rádio nesse posto, portanto não sei como lá fui parar, mas sei que fui oportuno.

Há falta de melhor definição, Jóhann Jóhannsson é um compositor de música clássica marcada por uma veia experimental e vanguardista e um tom cosmopolita e sombrio. Invulgarmente belas e contemplativas, as peças instrumentais deste tipo são admiráveis. Para este concerto, vinha acompanhado pelo Iskra String Quartet, 3 violinos e um violoncelo que deram corpo às composições de Jóhann, enquanto este se entretinha ora com o piano, ora com um laptop onde corria samples e vídeos, a maioria deles abstractos a preto e branco, que exibia em plano de fundo numa tela gigante. O resultado é qualquer coisa deste género.



Encostei-me ao lado do cansaço e aí jazi. Memorável.

Shoot the motherf*cking bear!



Marketing no seu melhor.


Calhou ouvir isto hoje no caminho de casa. Faltou-me o costume. Dores de cabeça. Tonturas. Enjoos. Mal-estar. Olhei calmamente nos olhos dos que me acompanhavam e tremi ao contrário.







Castlevania FTW!

Se Isto É Um Homem


Da experiência do Holocausto nasceu o escritor. O italiano Primo Levi dá aqui o seu testemunho de quase um ano como prisioneiro no campo de concentração de Auschwitz.
A obra não se enquadra no estilo de outras sobre o tema. Com uma linguagem bastante sóbria e objectiva, o autor distancia-se o possível das práticas perversas levadas a cabo por soldados alemães, e relata a luta desigual de um homem a quem foram retiradas todas as condições que lhe faziam sentir como tal. O que é um homem? Quando deixa de o ser? Levi tem aqui a base para as suas divagações, e em última instância é, entre outras razões, a busca e perseverança para manter-se “à tona” que o diferencia dos demais e que lhe dá a capacidade necessária para sobreviver. Considerado unanimemente um clássico da literatura italiana.

Monday Mix

A eito.


Bongripper – Satan Worshipping Doom
Doom Sludge instrumental épico, grandioso, com riffs que variam entre uns antigos Candlemass e uns Electric Wizard em forma. Não estou a exagerar. Este é dos melhores álbuns do género que ouvi em anos.




b fachada – b fachada
Álbum de 2009 a que tenho voltado ultimamente. Cantam-se dores de alma, através de poesia maior. Para mim, ainda o registo mais inspirado dele.



Black Bombaim – Saturdays and Space Travels
O expoente máximo da cena de Barcelos faz do melhor Stoner instrumental que por aí anda. Mais directo que espacial, as influências do rock psicadélico mais antigo são óbvias mas aparecem aqui de espírito lavado. Excelente banda sonora para conversas e desconversas entre amigos e fumos. Download autorizado aqui.

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