O Eddie desta vez vai para o espaço de chave de fendas na mão, matar quem lhe aparece pela frente, numa das capas mais pirosas da carreira dos Maiden. Se, infelizmente, constatamos que não é nada de novo nos álbuns mais recentes, continua, ainda assim, a ser desapontante depararmo-nos com uma capa de tão pouco bom gosto, numa banda que tem, talvez, o mundo imagético mais reconhecido e icónico no Metal.
A música não lhe segue as pisadas decrescentes. Segue, sim, o trilho do anterior AMOLAD, num tom mais progressivo e menos acelerado, mais hard rock, embora sem suplantar o tradicional Heavy. Tudo o que os destrinça dos demais está lá. As melodias, os solos, a voz do Bruce (que não tem meio de envelhecer) e, mais importante, as boas canções. Em contrapartida, há um número exagerado de temas de longa duração, o que pode aborrecer quem para aqui não estiver virado, e nota-se a falta de rasgos e de uma certa pujança que se esvanece com a idade, de forma deliberada ou não. Ao 15º original, manter esta consistência qualitativa, só por si, impressiona. Mais do que isso, o disco consegue ser mais bem conseguido que outros na carreira dos Maiden, mas não disfarça o amargo de boca que é apercebermo-nos da incapacidade de reproduzir o brilhantismo da primeira metade da sua discografia.
Medicação 2024
Há 4 dias
1 comentários:
Vou para casa e vou ouvir o Powerslave e o Number of the Beast. Este não me enche as medidas.
E para mim o Eddie pode até aparecer em fato de Ballet que eu vou achar piada ahahah!
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