Um homem de meia-idade com um coração a dar de si. Um ex-preso que procura a sua cura através da religião. Uma mulher que enfrenta a maior das perdas. As estórias destes 3 entrelaçam-se num puzzle de feitio curvo, emocionalmente franzido, de difícil digestão, e cujas peças nos vão sendo dadas à medida que o conto avança, embora nem sempre tenham um encaixe lógico.
O filme não tem uma estrutura. A narrativa embrulha-nos em flashbacks e flashforwards que podem durar apenas uma cena. A intensidade e inteligência de cada uma delas não nos deixa cair numa apatia fácil a principio e, ao invés, catapulta-nos para um estado de permanente e crescente curiosidade. A forma como a montagem do filme joga com o espectador é por isso não menos que brilhante, assim como as interpretações dos 3 personagens principais. A Naomi é ainda mais uma das minhas musas.
O desfecho acaba por ter o seu quê de irónico, mas é sobretudo um ponto de partida para uma reflexão sobre o que vale a vida e a morte por entre um caminho tortuoso de luta e rendição, de dor e de luz, de culpa e de redenção.
3 comentários:
Tenho aki para ver! fiquei interessado!
E um ganda filme!...do mesmo realizador, o filme Amores Perros tambem e bastante bom.
Do mesmo vi o Babel que também é impecável. A ver se vejo esse oh igz
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